segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VIII Marcha da Consciência Negra 20 de novembro de 2011 Um Dia de Luta



No ano de 2003 o Movimento Negro conquista a Marcha da Consciência Negra na cidade de São Paulo, que conta com a participação de praticamente todas as organizações negras, nacionais e locais e de todos os setores da sociedade dispostos a continuar lutando e fortalecendo o movimento por mudanças, por um Brasil sem preconceitos, seja ele: machismo, homofobia, intolerância religiosa, racismo ou qualquer forma de discriminação.
O Movimento Negro ao longo de sua trajetória de luta conseguiu pautar alguns avanços voltados à população negra como: aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, a Lei 10.639/03 e o sistema de ingresso de estudantes negros em algumas universidades públicas estaduais e federais por meio de políticas afirmativas.
Mesmo diante deste contexto o racismo tem atingido a população negra em todos os aspectos de nossas vidas.

Neste ano de 2011, A Marcha da Consciência Negra tem em seu eixo principal, o genocídio da juventude negra, entendido como um conjunto de violências que atinge essa juventude e desta forma, denunciar as inúmeras atrocidades que vem sofrendo toda população negra. Herança do trato escravocrata, o Estado e suas políticas de segurança pública mantêm uma atuação coercitiva, preconceituosa e violenta dirigida a população negra. Desrespeito, agressões, espancamentos, torturas e assassinatos são práticas comuns destas instituições. Comuns nos mais de 350 anos de escravidão. Comuns na pós-abolição. Comuns nos períodos de ditaduras. Comuns em nossos dias. Esta situação reafirma a urgência do fortalecimento das nossas lutas.


Nossas Bandeiras de lutas:

-Contra o genocídio da juventude Negra;

-Pelo fim do registro de "Resistência seguida de morte" ou "Auto de resistência" para as execuções sumárias;

-Tipificação dos casos de violência policial, que resultem ou não em mortes, como crimes de tortura, conforme a Lei 9455/97;

-Instituição de uma CPI das Polícias de São Paulo, que vise desmantelar milícias, apurar denúncias/crimes e punir responsáveis;
Combate ao racismo, à discriminação, preconceito, homofobia e machismo!
Pelo fim da violência doméstica e outras formas de violência direcionadas à mulher negra
Garantia dos direitos das trabalhadoras domésticas
-Por reparações históricas para a população negra brasileira;

-Pela Manutenção do Decreto 4487, que regula a Titulação dos Territórios quilombolas e a regularização das terras quilombolas no Estado de São Paulo
Pelo fim da criminalização dos movimentos sociais
10% do PIB destinados ao orçamento para educação;
Implementação da lei 10639/03;
Cotas nas universidades públicas do Estado de São Paulo.
Combate às manifestações racistas, preconceitos e visões estereotipadas da população negra nos meios de comunicação.
Pelo fim do trabalho escravo
Pela livre manifestação das religiões de matriz africana
Pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários.



As homenagens e os homenageados (as) pela VIII Marcha da Consciência Negra.
Abdias do Nascimento
Candinho
Tata Pérsio
05 anos da Lei Maria da Penha
As guerreiras: Estamira - Teresa de Benguela - Dina Di
05 anos da criação do Grupo “Maẽs de Maio”
10 anos do falecimento de Milton Santos
20 anos do falecimento do Padre Batista
80 anos da fundação da Frente Negra Brasileira
100 anos do nascimento de Nelson Cavaquinho
300 anos da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos


Participe de nossa Marcha, a VIII Marcha da Consciência Negra
Concentração no MASP, às 10 horas do dia 20 de novembro.



Nenhum comentário:

Postar um comentário