No
ano de 2003 o Movimento Negro conquista a Marcha da Consciência
Negra na cidade de São Paulo, que conta com a participação
de praticamente todas as organizações negras, nacionais
e locais e de todos os setores da sociedade dispostos a continuar
lutando e fortalecendo o movimento por mudanças, por um Brasil
sem preconceitos, seja ele: machismo, homofobia, intolerância
religiosa, racismo ou qualquer forma de discriminação.
O
Movimento Negro ao longo de sua trajetória de luta conseguiu
pautar alguns avanços voltados à população
negra como: aprovação do Estatuto da Igualdade Racial,
a Lei 10.639/03 e o sistema de ingresso de estudantes negros em
algumas universidades públicas estaduais e federais por meio
de políticas afirmativas.
Mesmo
diante deste contexto o racismo tem atingido a população
negra em todos os aspectos de nossas vidas.
Neste
ano de 2011, A Marcha
da Consciência Negra tem em seu eixo principal, o genocídio
da juventude negra, entendido como um conjunto de violências
que atinge essa juventude e desta forma, denunciar as inúmeras
atrocidades que vem sofrendo toda população negra.
Herança do trato escravocrata, o Estado e suas políticas
de segurança pública mantêm uma atuação
coercitiva, preconceituosa e violenta dirigida a população
negra. Desrespeito, agressões, espancamentos, torturas e
assassinatos são práticas comuns destas instituições.
Comuns nos mais de 350 anos de escravidão.
Comuns na pós-abolição. Comuns nos períodos
de ditaduras. Comuns em nossos dias. Esta
situação reafirma a urgência do fortalecimento
das nossas lutas.
Nossas
Bandeiras de lutas:
-Contra o
genocídio da juventude Negra;
-Pelo fim do
registro de "Resistência seguida de morte" ou "Auto
de resistência" para as execuções sumárias;
-Tipificação
dos casos de violência policial, que resultem ou não em
mortes, como crimes de tortura, conforme a Lei 9455/97;
-Instituição
de uma CPI das Polícias de São Paulo, que vise
desmantelar milícias, apurar denúncias/crimes e punir
responsáveis;
Combate ao
racismo, à discriminação, preconceito, homofobia
e machismo!
Pelo
fim da violência doméstica e outras formas de violência
direcionadas à mulher negra
Garantia
dos direitos das trabalhadoras domésticas
-Por
reparações históricas para a população
negra brasileira;
-Pela
Manutenção do Decreto 4487, que regula a Titulação
dos Territórios quilombolas e a regularização
das terras quilombolas no Estado de São Paulo
Pelo
fim da criminalização dos movimentos sociais
10%
do PIB destinados ao orçamento para educação;
Implementação
da lei 10639/03;
Cotas
nas universidades públicas do Estado de São Paulo.
Combate
às manifestações racistas, preconceitos e visões
estereotipadas da população negra nos meios de
comunicação.
Pelo
fim do trabalho escravo
Pela
livre manifestação das religiões de matriz
africana
Pela
redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais,
sem redução de salários.
As
homenagens e os homenageados (as) pela VIII Marcha da Consciência
Negra.
Abdias
do Nascimento
Candinho
Tata
Pérsio
05
anos da Lei Maria da Penha
As
guerreiras: Estamira - Teresa
de Benguela - Dina Di
05
anos da criação do Grupo “Maẽs de Maio”
10
anos do falecimento de Milton Santos
20
anos do falecimento do Padre Batista
80
anos da fundação da Frente Negra Brasileira
100
anos do nascimento de Nelson Cavaquinho
300
anos da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos
Participe de nossa Marcha, a VIII
Marcha da Consciência Negra
Concentração no
MASP, às 10 horas do dia 20 de novembro.
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