A
origem do 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra.
Em
20 de novembro de 1971, há 40 anos atras, o Grupo Palmares, de
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, realizou o primeiro ato público
da história do Brasil em homenagem a Zumbi.
Nesse
ato público Zumbi dos Palmares foi apresentado como herói
nacional e o 13 de maio foi apresentado como a farsa da abolição.
Em
04 de novembro de 1978, na cidade de Salvador, na Bahia, O MNU –
Movimento Negro Unificado, em assembleia nacional decidiu pela
transformação do 20 de Novembro em Dia Nacional da
Consciência Negra, um contraponto ao dia 13 de Maio que foi
transformado em Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.
O
Dia Nacional da Consciência Negra em São Paulo
Na
cidade de São Paulo o dia 20 de Novembro, passa a ser
considerado feriado municipal quando em janeiro de 2004 a então
Prefeita Marta Suplicy sancionou o Projeto de Lei 6187/01, aprovado
na Câmara Municipal em novembro de 2003.
A
Marcha Zumbi dos Palmares contra o Racismo pela Igualdade e a Vida.
No
dia 20 de novembro de 1995, o movimento negro brasileiro, em conjunto
com as centrais sindicais e diversas organizações do
movimento popular, realiza a Marcha Zumbi dos Palmares contra o
Racismo, pela Igualdade e a Vida, em Brasília, no Distrito
Federal.
Essa
marcha reuniu cerca de 30.000 pessoas e representa um momento importa
da luta e pressão do movimento negro para o desenvolvimento de
políticas públicas para a superação do
racismo no Brasil.
A
trajetória da Marcha da Consciência Negra em São
Paulo.
A
Marcha da Consciência Negra
na cidade de São Paulo ao longo destes últimos anos,
conta com a participação de praticamente todas as
organizações negras nacionais e locais e de todos os
setores da sociedade dispostos a continuar lutando e fortalecendo o
movimento por mudanças para um Brasil sem preconceito, seja
ele: machismo, homofobia, intolerância religiosa, racismo ou de
qualquer natureza.
A
marcha no ano de 2003.
A
I Marcha Nacional da Consciência Negra, realizada em 20
novembro de 2003, foi uma resolução do II Encontro
Estadual de Entidades Negras de São Paulo realizado em
setembro de 2003 na cidade de Cajamar.
Teve
como principal objetivo comemorar a transformação
desse dia em feriado municipal na cidade de São Paulo.
Os
participantes se concentraram no Museu de Arte de São Paulo
(MASP), na Avenida Paulista e, a marcha teve o seu final com um ato
político – cultural realizado na Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo (ALESP).
A
marcha no ano de 2004.
No
dia 20 de Novembro de 2004 é realizada a II Marcha da
Consciência Negra com a participação de cinco mil
pessoas que repetem o mesmo trajeto da marcha de 2003.
A
marcha passa a se consolidar como um momento de unidade de todas as
forças que em São Paulo lutam por uma cidade sem
racismo, preconceito, discriminação e todas as formas
de intolerância.
A
marcha no ano de 2005.
Em
2005, a marcha não é realizada em São Paulo.
A
militância negra de São Paulo optou pela participação
em duas marchas realizadas nesse ano, nos dias 16 e 22 de Novembro,
em Brasília para comemorar o Zumbi + 10, ou seja os 10 anos da
importante Marcha Zumbi dos Palmares – Contra o Racismo, Pela
Igualdade e Vida realizada no ano de 1995.
A
marcha no ano de 2006.
Em
2006 foi realizada a III MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA a partir
da coalizão de diversas forças do movimento negro do
Estado de São Paulo, somado a representantes de sindicatos,
igrejas, movimentos populares, organizações estudantis,
de mulheres e da juventude.
O
objetivo da marcha foi celebrar os trinta e cinco anos do Dia
Nacional da Consciência Negra que passou a ser lembrado em 1971
por iniciativa do Grupo Palmares de Porto Alegre, no Rio Grande do
Sul.
Participaram
da marcha cerca de 20 mil pessoas que partiram do MASP, na Avenida
Paulista e finalizaram a mesma em frente ao Teatro Municipal, onde em
1978 foi fundado o Movimento Negro Unificado.
A
marcha no ano de 2007.
Em
2007 as diversas entidades que compõem a comissão
organizadora da IV MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA tinham como meta
mobilizar cerca de 30 mil pessoas.
Este
número não foi alcançado, - a participação
é avaliada pelos organizadores como a mesma da marcha anterior
- mas o fator positivo da dessa marcha foi a harmonização
e destaque do visual , através das vestimentas de seus
participantes, faixas, painéis, “banners”, expressando a
unidade política das organizações do movimento
negro.
O
ponto principal dessa unidade é a denúncia em relação
a violência cometida contra a juventude negra.
A
marcha no ano de 2008.
Em
2008 a V MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA é realizada em uma
data histórica, os 120 anos da abolição
considerada inacabada.
A
marcha também resgata algumas outras datas históricas:
os 100 anos da morte de Machado de Assis; os 100 anos do nascimento
de Cartola e de Solano Trindade; os 100 anos da Umbanda no Brasil.
A
marcha no ano de 2009.
Em
2009 a VI MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA altera o seu trajeto.
A
concentração passa a ser na Igreja Nossa Senhora do
Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu e seus
participantes caminham pelo centro velho de São Paulo até
o Teatro Municipal.
A
Marcha homenageia o gaúcho Oliveira Silveira que faleceu em
1o. de janeiro de 2009.
Oliveira
Silveira é conhecido como o poeta da consciência negra
por ter sido uma das principais lideranças do Grupo Palmares
que em 1971 passa a dar destaque para o 20 de Novembro como o dia
Nacional da Consciência Negra.
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