quarta-feira, 5 de outubro de 2011

BREVE HISTÓRICO DA MARCHA


A origem do 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra.

Em 20 de novembro de 1971, há 40 anos atras, o Grupo Palmares, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, realizou o primeiro ato público da história do Brasil em homenagem a Zumbi.
Nesse ato público Zumbi dos Palmares foi apresentado como herói nacional e o 13 de maio foi apresentado como a farsa da abolição.

Em 04 de novembro de 1978, na cidade de Salvador, na Bahia, O MNU – Movimento Negro Unificado, em assembleia nacional decidiu pela transformação do 20 de Novembro em Dia Nacional da Consciência Negra, um contraponto ao dia 13 de Maio que foi transformado em Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.

O Dia Nacional da Consciência Negra em São Paulo

Na cidade de São Paulo o dia 20 de Novembro, passa a ser considerado feriado municipal quando em janeiro de 2004 a então Prefeita Marta Suplicy sancionou o Projeto de Lei 6187/01, aprovado na Câmara Municipal em novembro de 2003.

A Marcha Zumbi dos Palmares contra o Racismo pela Igualdade e a Vida.

No dia 20 de novembro de 1995, o movimento negro brasileiro, em conjunto com as centrais sindicais e diversas organizações do movimento popular, realiza a Marcha Zumbi dos Palmares contra o Racismo, pela Igualdade e a Vida, em Brasília, no Distrito Federal.

Essa marcha reuniu cerca de 30.000 pessoas e representa um momento importa da luta e pressão do movimento negro para o desenvolvimento de políticas públicas para a superação do racismo no Brasil.

A trajetória da Marcha da Consciência Negra em São Paulo.

A Marcha da Consciência Negra na cidade de São Paulo ao longo destes últimos anos, conta com a participação de praticamente todas as organizações negras nacionais e locais e de todos os setores da sociedade dispostos a continuar lutando e fortalecendo o movimento por mudanças para um Brasil sem preconceito, seja ele: machismo, homofobia, intolerância religiosa, racismo ou de qualquer natureza.

A marcha no ano de 2003.
A I Marcha Nacional da Consciência Negra, realizada em 20 novembro de 2003, foi uma resolução do II Encontro Estadual de Entidades Negras de São Paulo realizado em setembro de 2003 na cidade de Cajamar.
Teve como principal objetivo comemorar a transformação desse dia em feriado municipal na cidade de São Paulo.
Os participantes se concentraram no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista e, a marcha teve o seu final com um ato político – cultural realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP).


A marcha no ano de 2004.


No dia 20 de Novembro de 2004 é realizada a II Marcha da Consciência Negra com a participação de cinco mil pessoas que repetem o mesmo trajeto da marcha de 2003.
A marcha passa a se consolidar como um momento de unidade de todas as forças que em São Paulo lutam por uma cidade sem racismo, preconceito, discriminação e todas as formas de intolerância.




A marcha no ano de 2005.

Em 2005, a marcha não é realizada em São Paulo.
A militância negra de São Paulo optou pela participação em duas marchas realizadas nesse ano, nos dias 16 e 22 de Novembro, em Brasília para comemorar o Zumbi + 10, ou seja os 10 anos da importante Marcha Zumbi dos Palmares – Contra o Racismo, Pela Igualdade e Vida realizada no ano de 1995.

A marcha no ano de 2006.

Em 2006 foi realizada a III MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA a partir da coalizão de diversas forças do movimento negro do Estado de São Paulo, somado a representantes de sindicatos, igrejas, movimentos populares, organizações estudantis, de mulheres e da juventude.

O objetivo da marcha foi celebrar os trinta e cinco anos do Dia Nacional da Consciência Negra que passou a ser lembrado em 1971 por iniciativa do Grupo Palmares de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Participaram da marcha cerca de 20 mil pessoas que partiram do MASP, na Avenida Paulista e finalizaram a mesma em frente ao Teatro Municipal, onde em 1978 foi fundado o Movimento Negro Unificado.

A marcha no ano de 2007.


Em 2007 as diversas entidades que compõem a comissão organizadora da IV MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA tinham como meta mobilizar cerca de 30 mil pessoas.


Este número não foi alcançado, - a participação é avaliada pelos organizadores como a mesma da marcha anterior - mas o fator positivo da dessa marcha foi a harmonização e destaque do visual , através das vestimentas de seus participantes, faixas, painéis, “banners”, expressando a unidade política das organizações do movimento negro.


O ponto principal dessa unidade é a denúncia em relação a violência cometida contra a juventude negra.


A marcha no ano de 2008.
Em 2008 a V MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA é realizada em uma data histórica, os 120 anos da abolição considerada inacabada.


A marcha também resgata algumas outras datas históricas: os 100 anos da morte de Machado de Assis; os 100 anos do nascimento de Cartola e de Solano Trindade; os 100 anos da Umbanda no Brasil.


A marcha no ano de 2009.


Em 2009 a VI MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA altera o seu trajeto.


A concentração passa a ser na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu e seus participantes caminham pelo centro velho de São Paulo até o Teatro Municipal.


A Marcha homenageia o gaúcho Oliveira Silveira que faleceu em 1o. de janeiro de 2009.
Oliveira Silveira é conhecido como o poeta da consciência negra por ter sido uma das principais lideranças do Grupo Palmares que em 1971 passa a dar destaque para o 20 de Novembro como o dia Nacional da Consciência Negra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário