NOTA PÚBLICA

O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo - Sintusp - vem a
público manifestar o mais profundo repúdio à escalada repressiva, desencadeada
pelo reitor da USP, que hoje culminou com a maior ocupação policial militar na
USP desde a invasão da PM para desocupação do CRUSP (conjunto residencial
da USP), no auge da Ditadura Militar.
Rodas decidiu romper com a negociação, ontem (7/11). Havia sido marcada
nova rodada de negociação para 4ª feira, 9/11, às 14h30. A juíza comunicou à
comissão de estudantes e funcionários que estenderia o prazo para desocupação
caso a reitoria concordasse que o prazo seria prorrogado.
A reitoria optou por mandar a tropa de choque, com cavalaria, helicóptero e muitas
centenas de policiais armados até os dentes, antes mesmo do sol nascer (o que é
proibido por lei), para proceder a desocupação à força.
O objetivo de Rodas com esta repressão policial somado aos processos para
demissão por justa causa de 4 diretores liberados para o mandato sindical do
Sintusp: Magno, Neli, Solange e Marcello (Pablito), mais duas funcionárias e
o estudante Rafael (a ser eliminado dos quadros da USP), além de inúmeros
processos judiciais, inquéritos policiais contra outros diretores e militantes
sindicais e estudantis, é de acabar com a organização sindical e estudantil dentro
da Universidade, que são contrárias ao seu projeto de universidade a serviço dos
interesses das empresas, ainda mais elitista e privatizada.
O maior crime de Rodas é a criação de um apartheid entre estudantes, os contra e
os a favor da PM no campus, promovendo assim a criminalização e queimação da
imagem dos estudantes.
Temos claro que, diante do ocorrido, esta universidade está conflagrando e o
confronto apenas começou.
A USP agora exige que os estudantes sejam tipificados e indiciados por: formação
de quadrilha, danos ao patrimônio, desobediência e crime ambiental.
Os estudantes reunidos hoje, por volta de 12h30, decidiram rumar à 91ª
delegacia de polícia, para exigir a liberdade dos 70 estudantes retidos durante
a desocupação do prédio da reitoria. Lembramos que dentre os 70 detidos há 4
funcionários, sendo uma diretora do Sintusp.
Por tudo isso declaramos que este reitor não tem mais condições morais ou
políticas de continuar à frente da Universidade.
Hoje, 7/11, às 18 horas, ocorrerá Assembleia de estudantes e dia 10/11, às 12h30,
ocorrerá assembleia de funcionários para decidir os rumos de nossa luta.

RETIRADA DE TODOS OS PROCESSOS
FORA RODAS!